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Doutas Besteiras

O extremo da sutileza

  • Foto do escritor: Matheus Leão
    Matheus Leão
  • 17 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de out. de 2019


Hoje a programação humana é repleta de programas que levam seus competidores a seus extremos em diferentes fatores. Exemplos claros desses são vistos diariamente, Big Brother, MasterChef, The Voice, entre outros. Arenas em quais seus gladiadores são colocados a prova com todos seus nervos de aço.


Tem-se muitos aspectos potentes a serem abordados nesse tema, mas um em especial me chama atenção. Como a imprevisibilidade é o significante chave dado a esses eventos. Pois é, o imprevisível sendo o motor e a engrenagem chave que gera a tensão e audiência desses shows.


Assim reparando, sou obrigado a questionar, o que seria a imprevisibilidade?


Imprevisível no dicionário está como aquilo que não é previsível, que não se pode prever, repentino, súbito. O que não podemos prever? Ou melhor...o que podemos prever? Se você for um físico, talvez possa prever a trajetória de um objeto em queda, se for um lógico, talvez consiga deduzir a conseqüência de algumas ações. Mas o que realmente prevemos com cem por cento de exatidão? E realmente prevemos, ou iludimos que prevemos?


Na Psicanálise dizemos que todo sujeito é um sujeito causa de desejo. Em suma podemos dizer que a psicanálise parte do pressuposto que todo ser humano deseja, e se deseja, lhe falta algo que seria o objeto de desejo. Ou seja, a psicanálise em essência trabalha no âmago do ser humano que seria o âmago da falta, aquilo que não existe, não consegue ser nomeado e nem falado. E ai me vêm a relação, o que seria o imprevisível se não aquilo que não pode ser nomeado, nem falado? O imprevisível é justamente parte da essência humana provinda da eterna insatisfação interior.


Ai gostaria de voltar ao tema original, os programas de reality show, e ao titulo deste texto. Esses programas que repetem o arquétipo das grandes arenas gregas são pautados e recheados do fator imprevisibilidade por parte de seus concorrentes, onde perante desafios extremos seus gladiadores acabam por gerar resultados inesperados e inusitados. E isso apenas acontece pois quando se coloca um sujeito ao extremo ele acaba por se desgastar, tirando de sua pele toda a gordura supérflua de personalidade não real, e restando apenas a essência humana, aquilo que nomeia o singular sem dar nomes, a essência agalma de cada sujeito, que nada mais é do que aquilo que não se pode prever, e por assim ser aquilo que há de mais sutil, o sutil advindo de situações extremas. E por isso O extremo da sutileza.


Matheus Leão

Psicólogo Clinico

(11)97300-3463

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