Menção à ridícula ideia de não te ver nunca mais!
- Mauricio Pinheiro
- 7 de nov. de 2022
- 1 min de leitura
Dedicado às mulheres: Marie Curie e Rosa Montero.
No tempo em que eu não fui sem você o desamparo era mudo, e mesmo calado, satisfeito!
Enquanto eu não fui sem você eu não conheci a falta.
Quando eu não fui sem você, na calada das noites, as coisas se diziam. E quando as coisas falavam, ali estava eu, apto, a não ser sem você!
Hoje quem fala em mim é o luto que nada faz para se fazer entender. É a palavra que falta ou aquela outra que não faz sentido, que se impõem para escrever a brutalidade íntima desse meu monólogo sobre o ser, que não sabe ser sem você.
E era exatamente por não me saber não sabendo, que tudo EU vivia enquanto não fui sem você.
Foi nesse lugar que se deu o corte, que se apresentou o vazio onde você insiste em permanecer, em mim!
Agora resta a saudade do tempo em que não precisei saber!
Maurício Pinheiro
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